Kusudama

Nos últimos meses, eu dediquei um pouco do meu tempo livre para dobrar Kusudamas. Para mim, essa atividade é bastante relaxante e me proporciona satisfação. Abaixo, ilustro algumas fotos dos resultados obtidos:

Spike Ball

Chrysanthemum - papel 7,5 x 7,5 cm

Omega Star

Sea Urchin

Triambic Icosahedron (Sonobe)

Eu aprendi a fazê-los olhando tutoriais no Youtube. Os videos são muito didáticos e algumas vezes melhores do que os diagramas nos livros :-)

Postagem forçada

No mês de março, não tive muitas ideias para o blog, dessa forma enrolei e enrolei para escrever. Mas acho que se eu enrolar mais para escrever, este blog morre, portanto decidi escrever hoje e evitar esta morte. Bom, o post será relacionado a pessoa que me inspirou a começar este blog.

Esse semestre, o Kunigami se tornou PED de MC202, suas funções principais são criar e corrigir os labs e atender aos alunos (tirando dúvidas e ajudando nas aulas de laboratório). Achei os 2 primeiros labs bem criativos.

Nós dois conversamos sobre o terceiro lab, ele tinha me dito que precisa fazer um lab sobre recursão, na mesma hora, recordei de MC102, pois também fiz um lab sobre recursão e comentei-o (era bem simples, era sobre séries em que ai era função de ai-1.

Mas como é MC202, o lab deveria ser mais difícil. Pensamos mais um pouco e falamos sobre fractais.
Um fractal simples é o Sierpinski triangle. Abaixo segue a figura de um triângulo de Sierpinski:

Triângulo de Sierpinski feito e colorido no Gimp.

Dentro de cada triângulo voltado para baixo, desenha-se um triângulo voltado para cima, formando novos 3 triângulos voltados para baixo. Assim, pode-se desenhar triângulos até onde resolução permitir!
Mas os fractais podem ser mais complexos e formar desenhos visualmente mais atraentes como os fractal flame. Fiz dois desenhos de fractais (também no Gimp):

Uma fractal flame enfeitada com uma supernova.

Outra fractal flame, mas agora enfeitada com 2 luzes.

Mas os algoritmos para fazer fractais são exponenciais e dessa forma seria difícil fazer o Susy aceitar casos de teste grandes. Como alternativa, o Kunigami fez o lab3 sobre labirintos e ilustrou-o com o lendário Minotauro

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Correlações

As pesquisas científicas sempre me interessaram, não apenas na área de exatas - como engenheira, mas também aprecio as descobertas na área da biologia e ciências médicas. Por isso gosto de ler reportagens sobre saúde e comportamento humano nas revistas e jornais (para pessoas não especializadas no assunto), e às vezes me deparo com reportagens sobre o efeito de alimentos ou medicamentos com estatísticas confusas ou que não permitem uma conclusão de fato.

Já li muitas reportagens sobre laticínios, algumas delas reportam pesquisas que relacionam consumo de lactose e câncer. Li também outras reportagens de pesquisas que relacionam o consumo de conservantes e o câncer. Naturalmente, pensei: Será que as pesquisas sobre laticínios não correlacionam causas e conseqüências erroneamente? Será que não são os conservantes nos laticínios que causam câncer em vez da lactose?

Também já li que pessoas que consomem mais produtos industrializados têm maiores chances de desenvolver câncer. E geralmente, esses produtos contêm mais conservantes do que produtos orgânicos.

Quando realizamos experimentos, buscamos verificar nos resultados correlações, para concluir sobre causas e conseqüências.
Suponhamos que estivéssemos em um período em que não soubéssemos calcular o perímetro da circunferência, mas intuíssemos que ela é proporcional ao diâmetro da circunferência. Poderíamos realizar o seguinte experimento:

1. Obter tubos de seção circular de diversos diâmetros,

2. Medir o perímetro e o diâmetro com uma fita métrica e régua / paquímetro

3. Anotar as medições em uma tabela

Diâmetro [cm]	Perímetro [cm]
1	3,1415
2	6,283
3	9,4245
4	12,566
5	15,7075
6	18,849
7	21,9905
8	25,132
9	28,2735
10	31,415

4. Fazer uma regressão linear [1] e verificar que o perímetro é sempre proporcional ao diâmetro.

Concluiríamos que:

Geralmente, quando fazemos experimentos buscamos relações entre causas e conseqüências, existem muitas formas de tratar os dados e conseguir encontrar tendências, mas temos que sempre tomar cuidado para as interferências nos experimentos.

No caso da medição do perímetro, possíveis interferências seriam: erro de circularidade dos tubos e erro de medição.

No caso de pesquisas sobre causas que influenciam no desenvolvimento do câncer, sempre fico na dúvida, afinal os cientistas dificilmente conseguiriam isolar causas (como consumo de determinado alimento) de interferências nos seres humanos.

[1] http://en.wikipedia.org/wiki/Linear_regression

Que tipo de emprego bucar?

Passamos uma grande parcela do tempo trabalhando, em geral, 40horas por semana. Por isso, exercer a profissão que nos satisfaz financeiramente, realizar as tarefas que nos contentam e conviver com pessoas agradáveis nos proporcionam grandes realizações. Entretanto, encontrar um emprego que contemple todas essas caracteristícas muitas vezes é impossível.

Os caminhos mais comuns são: ser empreendedor, ser funcionário do setor público, ser funcionário do setor privado. Cada uma das possibilidades proporciona atividades, remunerações e ambientes de trabalho diferentes. O empreendedor vive diretamente as instabilidades do mercado, o funcionário público trabalha com burocracias e atendimento ao povo direta ou indiretamente, o funcionário do setor privado convive com as condições de sua empresa.

No Brasil, muitos cargos públicos oferecem remunerações mais elevadas que do setor privado, mas a satisfação de trabalhar com burocracia é pequena em geral. Trabalhar no setor privado pode ser mais desafiador, mas também pode ser uma frustação financeira. Então surge a dúvida; qual o caminho mais adequado para mim?

As variáveis são muitas, satisfação com os resultados, remuneração, opinião dos amigos e familiares, ambiente de trabalho, crescimento na carreira, aprendizado de novas tecnologias, realização pessoal, estabilidade no cargo e entre outros. Fica difícil decidir.

Em um post anterior escrevi sobre método de lidar com situações novas, mas na escolha de qual emprego perseguir, esse método é falho, pois vive-se apenas uma vez e muitas vezes não podemos verificar mais de uma opção, muitas oportunidades são únicas e são oferecidas apenas uma vez.

No fim, não concluo qual o melhor ou pior. Entretanto, apenas afirmo que considerar o trabalho um sacrifício nos tornam infelizes assim como o fracasso financeiro.